CARAS - Christiane Torloni "Com preparação podemos dizer sim aos desafios"

dezembro 27, 2012

As reflexões da diva Christiane Torloni no Castelo de Caras


Com 37 anos de uma carreira de sucesso na TV e nos palcos, personagens marcantes e integrando o hall das grandes estrelas da dramaturgia brasileira, Christiane Torloni (55) caminha com maestria e prudência entre dois mundos bem distintos, o da ficção e o da realidade. Seja na profissão ou na vida pessoal. “Adoro fantasiar, mas confesso que prefiro realizar os sonhos e não só ficar pensando neles. Afinal, para que eles são feitos? Para serem concretizados”, define a atriz, no Castelo de CARAS, em Tarrytown, New York. “Hoje, considero-me uma profissional realizada, pois tudo o que propus para mim ao longo dos anos aconteceu e ajudou a me tornar quem eu sou. Os sonhos me moldaram e o instrumento para isso foi meu corpo”, acrescenta ela, de férias da TV após brilhar como a vilã de Fina Estampa, Tereza Cristina, e dedicada ao espetáculo de dança Teu Corpo É Meu Texto, dirigido pelo amigo José Possi Neto (65), que a dirigiu ainda na triunfal temporada de A Loba de Ray-Ban, entre 2009 e 2010.
 
Com ascendências italiana e espanhola, a artista mostra personalidade forte e não recorre a eufemismos para definir uma de suas características: a ansiedade. “Com minhas origens, não tenho como ser uma pessoa calma!”, brinca. A paulistana, entretanto, afirma que as experiências de vida a fizeram ter mais controle sobre os impulsos e, hoje, conduz seus passos com mais tranquilidade. “Aprendi que, para que as coisas aconteçam na vida, é preciso respeitar o ritmo delas, é preciso estar atenta à regência das coisas. Procuro fazer isso”, explica ela, que segue solteira. “Meu coração está batendo no ritmo de vida que estou. Tranquilo e feliz...”, compara ela, mãe de Leonardo Carvalho (33), com Dennis Carvalho (66).

– Em que sentido faz do corpo um intrumento para realizar os seus sonhos?
– O corpo é o meio do ator se expressar e de a gente materializar as coisas. Não é como um pintor, que usa tintas e pincéis. O instrumento é você. É preciso manter o corpo saudável, ele é sagrado. Eu me esforço para cuidar dele.


– E como faz isso? 
– O importante é você não ‘detonar’ o corpo, ganhar ou perder muito peso. Eu não engordaria 20 quilos para um trabalho. Não há metabolismo que aguente. Por isso, tento ter uma variação de peso de, no máximo, 3 quilos.

– O universo espiritual também é um meio para suas conquistas?
– Sempre tive um lado espiritual forte e ele me ajuda em tudo, na vida e na carreira. Fui criada dentro do catolicismo e, apesar das práticas da religião me emocionarem, a palavra budista é algo com que me identifico cada vez mais.

– E os seus projetos para 2013?
– Farei mais sessões do espetáculo pelo País e, em julho, vamos apresentar em Paris, que não é um lugar com as portas abertas para a dança, não é todo mundo que entra lá. Por isso, é motivo de muito orgulho poder levar esse trabalho para fora do Brasil. Vou ainda me dedicar à produção do documentário Amazônia – da Cidadania à Florestania: Um Despertar e também lançar a minha biografia.



– Abriu espaço para o amor?
– Estou aberta para o amor verdadeiro. Na vida, cometemos alguns erros, como inventar coisas que não são verdadeiras, seja no amor, na profissão... Depois dos 50 anos, não dá para perder tempo com o que não é verdadeiro, bebê!  É a maturidade que chegou.

– São 37 anos de carreira. Imaginava chegar onde chegou?
– Sou estudiosa e uma coisa puxa a outra. É preciso estar pronta para tudo o que vai acontecer. Não é fácil, mas com preparação podemos dizer sim aos desafios.

– Como define seu momento?
– Estou fechando ciclos e concluindo coisas que me propus a fazer. Consegui me organizar em relação aos meus planos.

Fonte: Revista Caras - Edição 999

 

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